terça-feira, 26 de dezembro de 2017

REFLEXÃO NATALINA


Para você, desejo o sonho realizado. 
O amor esperado. 
A esperança renovada. 
Para você, desejo todas as cores desta vida. 
Todas as alegrias que puder sorrir. 
Todas as músicas que puder emocionar. 
Desejo que os amigos sejam mais cúmplices, que sua família esteja mais unida, que sua vida seja mais bem vivida. 
Gostaria de lhe desejar tantas coisas.
 Mas nada seria suficiente... Então, desejo apenas que você tenha muitos desejos. 
Desejos grandes e que eles possam te mover a cada minuto, ao rumo da sua felicidade.
(Autor desconhecido)

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Automutilação



A automutilação, em momentos atuais, consiste em um problema de saúde pública, que veem tendo crescimento e repercussão nas mais variadas classes sociais, atingindo sobretudo adolescentes e jovens. A prática de comportamentos autolesivos/automutilantes compreende todo comportamento intencional, de lesão direta ao próprio corpo, mas sem uma intenção pré estabelecida de cometer suicídio. Conforme uma reportagem do Fantasístico exibida em novembro de 2016, a autolesão atinge 20% dos jovens brasileiros http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2016/11/automutilacao-afeta-20-dos-jovens-brasileiros.html.

Segundo Daniella Soares, Psicóloga do CAPS e especialista em Saúde Mental Coletiva e Atenção Integral ao Consumo e aos Consumidores de Substâncias Psicoativas, "A autolesão ou automutilação é, para muitos sujeitos, a válvula de escape para suportar a dor emocional. Desse modo, o ato de utilizar-se de alguns objetos perfurantes, cortantes ou contundentes (tesoura, lâmina de aço, facas, estiletes, pedaço de madeira, dentre outros), promove o deslocamento da dor emocional para dor física, isto é, transferir para o corpo físico a dor psíquica, uma forma de preencher o vazio, mas acima de tudo, é também a tradução de um mal-estar psíquico mal administrado. É importante salientar, no entanto, que para além dos fatores motivacionais externos e internos, se faz necessário compreender o que há por trás dessa conduta, que cada caso é único, que cada sujeito apresenta características próprias e vivencia cada emoção de modo particularizado. Dessa maneira, ampliar o olhar acerca dos fatores/situações que funcionam como gatilhos (problemas emocionais, no âmbito escolar, familiar, laboral, baixa autoestima, comportamento impulsivo e emocionalmente instável), favorecerá com que tais sujeitos tenham consciência das suas próprias ações através da sensibilização, criando estratégias de enfrentamento para as adversidades, com o intuito de aprender a tolerar a angústia, a frustração, a controlar as emoções e a melhorar os relacionamentos com os outros, e, assim, aumentar a sua autoestima. Nessa perspectiva, a partir de técnicas que despertem o potencial do sujeito em gerir, canalizar e entender os motivos que desencadeiam as práticas de autolesão, uma vez que é possível superar a dor emocional. Para tanto, deve-se considerar que acima de tudo, tal fenômeno social precisa ter visibilidade, ao passo que as intervenções, no que diz respeito às estratégias de cuidado (psicológico, clínico, medicamentoso, social) requerem um acompanhamento multiprofissional e cada vez mais intenso, diante dos quais todos deveriam ser mais sensíveis."

Desta forma, queremos saber o que vocês (leitores do Blog) conhecem sobre a automutilação, deixe nos comentários a sua opinião!



terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Encerramento da Oficina de Letramento

Na quarta-feira dia 28/11 foi realizado na biblioteca Municipal o encerramento da oficina de letramento, que teve por finalidade aprimorar a escrita e a leitura dos usuários do CAPS. Na  eventualidade os alunos foram presenteados com livros e cadernos. Para Flavio Reis e José Roque, participantes da oficina foi uma experiência muito boa e interessante que já esperam pelo retorno das atividades no próximo ano. 

Luciana


Luciana e Simone (Professora)


Simone, Standislau, Luciana, Rafael (Professor), Julia


Rafael, Luciana e Simone


Rafael, Simone, Standislau, Luciana, Eduardo e Julia

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Mês da Conscientização contra o Câncer de Próstata!!




Imagem retirada da internet 

O mês de Novembro é marcado pela campanha do Câncer de Próstata, que tem como objetivo conscientizar os homens da necessidade de se cuidar através de exames específicos. Assim, como as mulheres tem que se submeter aos exames de mamografia e preventivo, os homens devem deixar de lado o "preconceito machista" e atentar-se aos cuidados preventivos para a sua saúde.
Cuidar-se é amar!! 

Imagem retirada da internet 


Imagem retirada da internet 


terça-feira, 31 de outubro de 2017

USF do centro promove palestras sobre Depressão e Saúde da Mulher






No dia 24 de outubro a USF do Centro promoveu na Igreja Presbiteriana uma ação em promoção da Saúde Mental, contando com palestras da coordenadora e enfermeira da unidade Cíntia que abordou a saúde da mulher e Eduardo Nascimento enfermeiro do CAPS que tratou sobre depressão. O tema foi desenvolvido com bastante clareza e participação do povo que aproveitou a oportunidade para esclarecer sobre a doença, uso de medicação, tratamentos e principalmente a atenção da família.
Para o enfermeiro Eduardo, esse tipo de ação é importante porque gera um esclarecimento de algumas dúvidas e a gente consegue propagar uma gama maior de interlocutores e ate mesmo para desmistificar muito do que é relatado por ai.



Eduardo Nascimento - Enfermeiro do CAPS




1. Como é o processo de plantação das sementes?

É por meio de leira de todo tipo de semente. Nós fazemos a leira e vai plantando, colocando as sementes e jogando um pouquinho de terra por cima, e eu faço isso lá em casa também, faço muita leira e quando eu venho para aqui, eu mais os meninos plantamos dando risada, sempre alegre.

2. Quais sementes estão plantadas?

Coentro, Alface, couve, tomates, pimenta e o cuidado com as plantas.

3. Como você acha que a oficina de horta e jardinagem, tem contribuído no seu tratamento?

Tem contribuído em 50%, eu gosto, aqui para mim é minha casa, eu tenho meus irmãos que são eles aqui, quando chego, sou recebido com aquele carrinho e com os braços abertos, tudo com eles aqui, então para mim eles são, mas que a minha família, eu não tenho isso em minha casa, lá fico no canto, olho para um canto olho para o outro, limpo um pouquinho de quintal, depois eu sento, não tem aquelas pessoas que a gente quer conversar.

4. O que te fez escolher essa oficina para participar


Por eu ser um homem do campo, da roça, eu saio de casa todos os dias às 5 da manhã e venho andando da zona rural para buscar meus remédios, e quando chego aqui posso participar de atividades que eu sei fazer e essa oficina é tão boa, que quando você vem com aquele peso La de fora, quando chego na horta, aquele peso sai da sua mente, um conversa com o outro e o cara esquece.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

As diferentes visões sobre o Câncer de Mama




Visão de um familiar no processo do Câncer de Mama

O câncer, seja ele qual for, quando descoberto, traz ao paciente e a sua família muita dor e desalento, porém, no câncer de mama traz também o sentimento de perda, que muitos pacientes podem sentir, e, outras tantas podem usar como símbolo para que outras se previnam para um possível agravo da doença.
Uma família com um paciente diagnosticada com o câncer, também adoece. Mas o seu remédio é bastante eficaz: é o seu próprio paciente. Olhando para as necessidades dele é que vão encontrar forças para fortalecê-lo e assim ambos vencerão esse mal para sempre.


Vera Lúcia


Visão de um profissional no processo de Câncer de Mama

A enfermagem tem por muitas vezes a necessidade de conviver com determinadas situações, o câncer, por exemplo, é uma das realidades que ninguém gostaria de enfrentar, porém para algumas pessoas é preciso, no entanto como técnica em enfermagem tive que atender pessoas com câncer, fazer curativos mesmo não gostando do que estava vendo, buscava fazer da melhor maneira possível, não só pelo lado profissional, mas também humanitário.
Quando a gente tem que ver, nos outros, aquilo que também pode acontecer com a gente ou com as pessoas que amamos é difícil, por que não podemos ser indiferentes ao problema, nem podemos também ser indiscretos.
Eu sempre encarei a situação sempre buscando me colocar no lugar do outro.



Júlia Ribeiro

O processo de adoecimento 

Ter a certeza que não sei do amanhã me traz conforto e angustia, vejo a vida e a morte por uma janela tão clara que às vezes me pergunto, é real ou fantasia?
Deixo de ser eu para ser apenas um número ou uma característica em segundos, mas poxa, eu não entendo, como vim parar em um lugar onde a cada segundo tocam meu corpo sem nem saberem se eu estou afim de ser tocado, risos!
A cada dia fica tudo mais claro, tão claro que vejo luzes, formas, lembranças e semelhantes cada vez mais perto.
Como é bom estar com vocês, como é lindo aqui, não desejo tristeza, deixo a certeza que eu apenas vivi.

Eduardo Nascimento 

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Oficina de Letramento



Contando com a parceria mais que especial da equipe da biblioteca municipal, os professores Rafael, Simone e a coordenadora Ana Cláudia realizam um lindo trabalho de alfabetização dos usuários do CAPS. É lindo ver a evolução deles na escrita e leitura, com paciência, carinho e humanidade conseguimos formar um mundo sem preconceitos. 

Obrigado pelo apoio de sempre!



Graziela, Flávio, Ana Cláudia (Coordenadora da Biblioteca), Josenildo, Rafael (Professor), Simone (Professora), Luciana, Sandro.

terça-feira, 10 de outubro de 2017

10 de Outubro - Dia Mundial da Saúde Mental

Imagem retirada da internet


Hoje é o Dia Mundial da Saúde Mental. Uma vez que, em algumas pessoas afetadas por uma doença física, uma perturbação mental não só aumenta o grau de sofrimento como as tornam menos capazes de manter um tratamento.
É evidente que, ao tratar uma doença, obteremos melhores resultados considerando o indivíduo como um todo, em vez de cuidarmos apenas de partes desse todo. Este fato requer que os que prestam cuidados de saúde - mental e física - trabalhem conjuntamente, concentrando as suas responsabilidades e pontos fortes individuais numa ação de cooperação.
Neste Dia Internacional de Saúde Mental, assumamos o compromisso de tratar as pessoas e não apenas algumas partes delas.
Você sabia: que segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) cerca de 31% a 50% da população brasileira pode vir a apresentar pelo menos um episódio de transtorno mental durante a vida?
A loucura já foi encarada pela sociedade de várias formas: como dádiva dos deuses, como falha da natureza, como exacerbação da vontade, etc. E, de um modo geral, o mundo ocidental do séc. XIX e meados do séc. XX enquadra os distúrbios mentais dentro de um grande bloco, a loucura. E vale ressaltar, que o termo é empregado como forma de depreciação do sujeito (“louco”).
Antes encarcerados em manicômios, sendo submetidos a torturas físicas e psicológicas, a partir da Reforma Psiquiátrica, iniciada em 1978, essas pessoas passam a ter a direito a um verdadeiro tratamento, direito ao cuidado, e não a serem apenas excluídos da sociedade; com surgimento de uma nova rede de tratamento, como os Centros de Atenção Psicossocial - CAPS e o fim dos manicômios.
Os denominados e tratados como “loucos”, passam, então, a terem seu direito de convívio em sociedade preservados, ou seja, passam a ser tratados como GENTE, GENTE HUMANA!!!Para que esse direito seja garantido, para que o preconceito diminua, VOCÊ precisa se juntar a nós nessa campanha: Cuidar SIM, Excluir NÃO! 
Porque, com certeza ninguém é totalmente normal, olhe especialmente como “os valores humanos e sociais” modificaram...,infelizmente a OMS têm procurado nos ALERTAR...então que tal fazer a sua parte???!!!
Texto disponível em: http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:http://www.cepad.ufes.br/conteudo/10-de-outubro-%25E2%2580%2593-dia-mundial-da-sa%25C3%25BAde-mental&gws_rd=cr&dcr=0&ei=yfjcWZD9AYHCwATV-JCQBA
Imagem retirada da internet 

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Aniversário do CAPS e caminhada de prevenção ao suicídio.



Família CAPS

No dia 27/09 o CAPS de Mata de São João promoveu uma caminhada em favor da prevenção contra o suicídio ação que é marcada pelo setembro amarelo. Aproveitando esse momento mais que especial foi comemorado o 11° aniversário do CAPS, onde tivemos apresentações teatrais, musicais e de poesias. 
O ponto principal é a luta à reinserção social, garantia dos seus direitos e valorização da individualidade entre outras coisas.
Como a vida é formada por ciclos o dia também foi marcado pela despedida da nossa querida e já saudosa Karla Giselle (Ex Coordenadora de Saúde Mental do Município) entre muitas emoções vividas o trabalho continua e a luta também é sua. 

Equipe CAPS


Entrevista com o colaborador Jefferson Silva.

Jefferson Silva (Comunicador do Direto da Cidade)

1. Você como um dos colaboradores do CAPS em todo esse tempo, como foi sua trajetória até aqui?

Tudo começou na época da escola, onde tivemos uma peça de teatro eu fui o narrador da peça, fomos ao estúdio de gravação da GS Rádio Livre já que era uma apresentação com dublagem, chegando lá o proprietário da rádio gostou da minha voz e me chamou para fazer parte do grupo e comecei a fazer pequenas participações, até ganhar maior espaço e estar à frente de programas e também em edições.

2. Seu curso de Rádio e Televisão te proporcionou o que de positivo em sua prática atual?

 Maior experiência, pois a partir daí eu ganhei mais espaço a nível comercial, tinha o programa Trocando Ideias, um Blog de Notícias Mata News, estava ainda vinculado a uma rádio municipal, chegando a trabalhar na Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Mata de São João, realizando as coberturas dos eventos, comunicação com a sociedade, toda a comunicação interna e diversos materiais de divulgação.

3. Hoje a frente de um novo projeto de vida e desafios já vencidos, quem faz parte de sua nova trajetória?

O programa Direto da Cidade recebe a colaboração de alguns parceiros em nossas colunas, mas os quatro pilares de todo o trabalho são eu, Diego Hora, Tiago da Hora e Kaiki Vilas Boas. É um programa bem dinâmico, que fala de maneira clara e objetiva o que a população quer saber, o que realmente interessa, sem medo e com total compromisso com a verdade.

4. Com todo esse reconhecimento que você tem aqui no município, saliento que poucos comunicadores são tão conhecidos e queridos da forma que você é, como é isso tudo para você?

Eu vejo com muita satisfação, é um fruto colhido de muito trabalho, decorre de uma base familiar muito boa, que sou muito grato, com certeza esse reconhecimento é pela forma que eu trabalho, a comunidade se vê em meu trabalho, por uma representação sem imposição social, falando a mesma língua e até os representando.

5. Para finalizar, qual mensagem que você pode deixar as pessoas que tanto te admiram, que se espelham em toda a sua trajetória.


Todos os sonhos são fáceis de realizar, o primeiro passo é você acreditar, a caminhada é difícil, mas acreditar no sucesso deixa tudo mais fácil, por mais árdua que seja a corrida, só chegará ao final àquele que batalhou para ser um vencedor. 

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Valorização da Vida

A vida é uma viagem.
E como toda viagem tem sua parada final. Mas até ai, há muito que aproveitar.
A vida é um presente de Deus e todos os dias Ele nos da uma nova oportunidade para iniciá-lo.
Ela é feita de escolhas. Cabe a nós fazer as melhores, pois dessas escolhas dependerão o nosso futuro. Vivendo um dia após o outro, poderemos escrever as páginas do nosso livro da vida com coisas boas e ruins. Sabendo valorizar o que realmente importa, nossa vida tomará caminhos de sucesso, os quais nos trarão gozo e felicidade. Hoje, a vida tem sido muito desvalorizada. O respeito já não existe mais e a paz é um sonho quase inatingível.
Como não bastassem as agressões do eu pelo eu. É cada dia maior o número de suicídio no país.
A vida perde a graça para muitas pessoas, não importa a posição social.
O que explica tanto desprezo por um bem tão precioso?

Analisemos nossas escolhas para que possamos valorizar melhor a vida.

Vera Lúcia

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Blog promove roda de conversa entre usuários.

No dia 28/08 o Blog promoveu uma roda de conversa entre usuários para falar sobre automedicação e os seus danos, para Otávio Rodrigo, que conduziu a atividade, foi um momento produtivo, “eu pude trazer para o pessoal mais informações sobre a automedicação e os perigos que ela pode trazer para o indivíduo sem a orientação de um profissional e assim espero que tenham novos momentos como esse e que os colegas aprendam e saibam sobre outros assuntos para que assim eles possam levar para outras pessoas”.

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Entrevista com Daniella Soares em homenagem ao dia do Psicólogo


Psicóloga formada pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Daniella atua no CAPS há sete anos, tem Especialização em Saúde Mental Coletiva pela Faculdade Ruy Barbosa, Atenção Integral ao Consumo e aos Consumidores de Substâncias Psicoativas pelo CETAD/UFBA, e atualmente cursa MBA em Psicologia Organizacional e Gestão Estratégica de Recursos Humanos pela PSICOPED.

Como você escolheu a profissão?

Quando eu cursava o terceiro ano do ensino médio, existia uma matéria chamada SOE (Serviço de Orientação ao Educacional) que era realizada por uma psicóloga, tia Lila. Eu me identifiquei muito com a prática, a forma como ela conduzia as abordagens, identificava as situações que poderia intervir no contexto educacional e aí eu busquei saber quais eram os campos de atuação do psicólogo, foi quando defini que faria Psicologia e no ano seguinte eu prestei o vestibular.

Como você vê o papel do psicólogo na sua prática atual?

Como estou inserida em um serviço de saúde mental, percebo que tem algo que pode ser melhorado, no sentido da aceitação, na busca desse tipo de serviço. Na verdade, existe uma mistificação em relação à busca pelo atendimento com o psicólogo, uma vez que as pessoas associam psicólogo e psiquiatra a quem tem algum tipo de transtorno mental. Assim, está inserida em um serviço que tem esse foco, que é o cuidado a pessoas portadoras de transtorno mental, a gente precisa vencer a barreira imposta pelo preconceito. No entanto, esses quase oito anos de atuação no CAPS de Mata de São João, percebo que tenho conseguido atingir os meus objetivos, que é prestar um atendimento de qualidade, isto é, através do retorno, feedback positivo das pessoas com as quais eu tenho um contato diário.

Quais as dificuldades atuais encontradas na sua prática?

Na verdade, é vencer essa resistência que as pessoas têm de procurar um profissional de psicologia, entender que a psicoterapia e/ou a escuta psicológica é um instrumento de autoconhecimento, que é possível, através dessa ferramenta, desenvolver/criar estratégias para situações de dificuldades.

Você recomendaria o curso?

Sim, baseado no fato de me identificar com o que eu faço. Cada um tem que verificar quais são as motivações próprias para escolher algum curso, se ela achar que tem o perfil para atuar como psicólogo, claro que o campo de atuação é muito vasto, a gente tem área clínica, organizacional, saúde, dentre outras. Então, após conhecer, é possível ingressar via processo seletivo, ENEM, vestibular... Vale lembrar que o curso são 5 anos. Assim, precisa sobretudo se identificar e procurar saber o que o psicólogo faz, conhecer o curso como um todo, as matérias, os estágios e o que ele vai se deparar na formação.

Quais os desejos futuros em relação à profissão?

Que tenhamos a possibilidade de estarmos inseridos em outros espaços, para além dos mais comuns, hospitalar, educação, organizações... Que a Psicologia possa ter reconhecimento, assim como já conseguimos por meio de atuação sedimentada, sobretudo na clínica. Vejo que é um profissional cuja importância tem se destacado principalmente em serviços onde o público alvo são pessoas em situação de vulnerabilidade social e violação de direitos, como os CRAS e CREAS.

Como você vê Daniella Soares sendo psicóloga?

Uma pessoa realizada. É fato que ainda tenho muito que aprender, bem como buscar agregar em relação a competências técnicas e comportamentais.


Deixe uma mensagem para todos os interessados na área?

Procure conhecer sobre o curso, esse é o pontapé. Assim, procure informações sobre a faculdade, as disciplinas, as áreas de atuação, conversar com profissionais que estejam na área a qual se identifica; uma forma de verificar se é isso que realmente esteja buscando. Em segundo momento, atualize-se. Não tem como ficar somente com o que se aprende na faculdade, ou seja, os conteúdos da graduação devem funcionar como gatilho, para disparar nossa automotivação e dessa forma, estimular a busca por conhecimento. Entender que a gente vai lidar com o humano, esse é o nosso público. Dessa forma, precisamos respeitar as diferenças, as especificidades de cada indivíduo.

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Entrevista com Andréa Paes e Odelicia Araujo (Técnicas de enfermagem do CAPS)

Andréa Paes e Odelicia Araujo (Técnicas de enfermagem do CAPS)

Por quantas pessoas é formada a equipe da farmácia e qual o papel de cada uma delas?

Três pessoas, o enfermeiro que é Eduardo Nascimento, uma das atribuições dele direcionadas quanto à Farmácia do CAPS é fazer pedido e controle das medicações, ele é o responsável pela farmácia. Nós as técnicas Andrea Paes e Odelicia Araujo,  fazemos a liberação e administração das medicações.

 Qual deve ser o comportamento da equipe no atendimento a um paciente em crise?

De acordo, ao meu tempo de serviço (Andrea), temos que cuidar do paciente como um todo, para que ele não venha a se machucar e colocar a vida dele e nem as dos outros em risco, então temos que cuidar dele.

Como é o processo de controle de saída de medicação?

Fazemos as liberações, anotações no livro onde o paciente ou familiar que venha buscar a medicação assina. Toda medicação que entra nós damos baixa em um livro e a que sai em outro.

 O que você acha, mais difícil no trabalho na farmácia?

A falta de material, a gente trabalha com o que tem, damos o nosso sangue e assim, a gente precisa de algo, mais apoio, a estrutura física que está sendo construída.

Como é para você fazer parte desta equipe de saúde mental?


Para mim é ótimo, estou aqui (Andrea) há 10 anos, e assim é um serviço que eu gosto, estamos cuidando de pessoas, é maravilhoso estar aqui, eu (Odelicia) também gosto de estar aqui, fiz meu estágio aqui e depois voltei para trabalhar aqui e foi uma área que me identifiquei.


terça-feira, 15 de agosto de 2017

Lançamento do Blog

Equipe do CAPS junto aos usuários.

Em clima de alegria e contentamento, o CAPS de Mata de São João realizou no múltimo dia 31/07/2017, o lançamento do seu blog criado pelos usuários na Câmara de Vereadores, contando com a participação dos usuários da unidade junto ao Colégio Getulio Vargas. Foi uma manhã agradável com a participação da secretaria de saúde Tatiane Rebouças, que na sua fala mostrou-se contente com a iniciativa e dos vereadores que incentivaram o novo projeto oferecendo total apoio.
Em sua programação o evento contou com a abertura do enfermeiro Eduardo Nascimento apresentando a proposta do Blog, seguindo por Vera Lúcia que trouxe “A cultura e sua importância na vida do ser humano”, contando também com participação de Telma Chaves que fez uma explanação sobre a influência da tecnologia em nossa vida e Anderson Alves, estagiário e estudante de psicologia, abordando “Processo criativo e Saúde Mental: As potencialidades dos usuários do CAPS” e encerrando o evento, o usuário Otavio Rodrigo apresentou suas obras e falou sobre suas inspirações e trajetória de vida.
O blog pretende ser um canal de comunicação de maior acessibilidade entre as atividades do CAPS e a sociedade.


Vera Lúcia e Eduardo Nascimento.

Anderson Alves

Equipe do Blog junto a Karla Gisele (Coordenadora do CAPS), Fernanda Nunes (Terapeuta Ocupacional), Carline Vieira (Oficineira), Daniella Barbosa (Psicologa), Odelicia Araujo (Técnica de enfermagem) e os usuários Renato e Sandro.

Equipe do blog junto a Carline Vieira 

Tatiane Rebouças

Otávio Rodrigo



Oficina de Horta e Jardinagem


A oficina de horta e jardinagem acontece todas as terças-feiras, com o propósito de despertar o interesse e cuidados a respeito do meio ambiente em paralelo com a sua saúde, assim eles mantém uma relação com a terra e o meio que vem a favorecer no seu tratamento. Eles desenvolvem atividades de manutenção, como: plantio, capina e colheita assim como a conservação do jardim. Veja alguns registros da oficina a baixo:













ATITUDE por Vera Lúcia

É chuva.

O meio Ambiente chora.

Lamenta suas dores de alma.

Seja agora, seja num passado distante, já se ouvia falar em PRESERVAÇÃO. Mas, o que parece é que nada entendemos. Cada dia que passa os desastres ambientais e também humanos tem sido cada vez mais assustador. Ouve-se sempre ou mesmo mote: É preciso PRESERVAR. Mas atitude que é boa, nenhuma.
A cada desastre, abre-se um leque de possibilidades. Que o diga o desastre da cidade de Mariana no ano passado, porém o que fica mesmo na memória curta do brasileiro, são lembranças que rápido se apagam e se fica como que esperando a próxima... E, ao sinal de menor chuva e de mais um lamento do meio ambiente, são enchentes, desabrigados, mortes... Destruição total. Vem o sol e tudo novamente recomeça. O que parece é que o ser humano, principalmente o brasileiro tem uma grande capacidade de superação, afinal, como renascer das cinzas da destruição, nós sabemos bravamente e solidariamente. Já como compreender que precisamos é EVITAR o desastre para não precisar superá-lo, é que está difícil.
Luiz Gonzaga, em sua música XOTE ECOLÓGICO, já cantava: “não posso respirar, não posso mais nadar, a terra está morrendo não dá mais pra plantar...” Desde muito antes dela, a poluição já vinha desencadeando vários desastres ambientais, ao passo que os governos cruzam os braços às políticas públicas de preservação. Por sua vez, a sua sociedade não coopera e só descruza os braços, também para contribuir erroneamente com esta poluição.

Portanto, deixo aqui alguns questionamentos:

-Até quando vamos ficar esperando que o milagre venha do céu?

-Até quando vamos fechar os olhos para nossa contribuição na melhoria do meio em  que vivemos?

-Até quando vamos deixar para amanhã?

-Até quando vamos esperar para perceber que o planeta é nossa casa comum e que precisamos todos cuidar dela?


Que façamos cada um a nossa parte, na prática, onde quer que estejamos, e, quem sabe assim encontraremos a simples resposta para todas as questões: ATITUDE.

Entrevista com Aline Fernandes – Sub Coordenadora, Assistente Social e coordenadora da horta.

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Equipe do blog junto a coordenadora da horta com os usuários. (A direita: Eduardo (Guarda), José Roque (Roquinho), Domingos, Aline Fernandes (coordenadora da horta), Sandro,  Renato, José Perreira, José Lemos, Vera Lúcia e Otávio Rodrigo (OscoDrigo83).

       Aline como surgiu a idéia da oficina de horta?

Quando eu cheguei aqui 5 anos atrás, eu já encontrei a oficina, quem fazia a coordenação da atividade era outra profissional, assim já encontrei a idéia pronta, sendo executada e é uma atividade que acontece com os usuários em parceria com a SEAGRI (Secretária de Agricultura), vem um técnico uma vez por semana, para  nos ajudar tecnicamente, pois sou Assistente Social, porém precisamos de um manejo técnico.

Qual o objetivo desta oficina?

Eu gosto de salientar do objetivo o cuidado, a gente começa a cuidar da plantinha e passa a ter noção do que ela precisa e eu faço essa analogia da plantinha com o ser humano, à medida que a vamos cuidando dela, ela vai florescendo e assim mesmo é a pessoa, quando começa a cuidar passa a observar que aquela pessoa que chegou aqui adoecida está tendo uma melhora e eu sempre faço essa comparação com ele sobre o cuidado.

Depois de colhido para onde vai o que for produzido?

   
Há um tempo se distribuía entre os pacientes mesmo e com quem fazia parte da atividade, mas hoje nós estamos conseguindo, pode se dizer, que escoar a produção. A gente vende o que produz, pouco, mas já ajuda na compra de sementes, instrumentos ou fazer um lanchinho.

Qual a importância desta oficina dentro do CAPS?

É a questão do cuidado, quando nós começa a cuidar um pouco daquilo que temos, começa a cuidar da natureza, nós acabamos por passar para eles a noção do autocuidado, dele poder estar se cuidando e sendo acolhido, que ele vai crescer como pessoa assim como aquela planta que ele está cuidando também

Como a comunidade Matense tem sido envolvida nessa oficina?

Nós temos um projeto de estar escoando essa produção lá na feirinha do parque da cidade que ocorre quinzenalmente, atualmente isso ainda não é feito, mais temos esse projeto junto com a SEAGRI de estar vendendo lá, passando o que a gente produz assim como acontece na oficina de artesanato. 

terça-feira, 4 de julho de 2017

Equipe do CAPS Digital

Equipe do blogger: Otávio Rodrigo, Eduardo Nascimento: Vera Lúcia e Anderson Felipe.

A finalidade desse projeto é tornar o nosso blogger digital em um veiculo de comunicação, onde nossas práticas possam ser divulgadas de modo que a reinserção social seja aplicada de maneira global, enaltecendo as qualidades de cada colaborador.   

Festa junina do CAPS

Celebrar é viver

Dança da laranja

ChanChan puxando a quadrilha junina

Quadrilha Junina

Vera Lúcia e Luciana Tavares - Vencedoras de um milhão na dança da laranja

Um dos momentos mais esperados é a nossa comemoração de São João, toda a equipe junto com os usuários do serviço se envolvem em todo o processo de construção dessa festa, desde os preparativos até a grande festa. 


Por Vera Lúcia: O São João é um momento de celebração, que a gente aproveita para brincar, rever alguns amigos que só vemos mensalmente, e uma maneira também de trazer mais alegria para quem participa, pelo dia animado.

Dedicado a Anderson Felipe

Anderson foi um dos fundadores  do CAPS Digital, que sempre nos deixou livre para produzir. Sua identidade era nos inspirar para que t...